quinta-feira, 24 de julho de 2008

Livros interrompidos

Gosto não se discute, talvez também não se entenda. Ainda não compreendi o motivo pelo qual abandonamos alguns livros bem antes do fim, até mesmo bem próximo do começo. Tenho na minha mesa de cabeceira um livro que comecei a ler há algumas semanas e, por mais que me esforce, não consigo mais sequer encostar nele. Enquanto ele esteve por lá, comecei e terminei de ler outros três livros.
Vou a uma livraria uma vez por semana (fica ao lado do cinema) e, quase sempre, compro livros novos. Prefiro os lançamentos e, geralmente, vou pela indicação de alguma crítica que li em revistas ou na internet e dou uma boa estudada antes de levar. Assim, cada livro que compro é escolhido de uma maneira afetivamente correta. Mas o que me leva a não terminar de ler um desses livros?
Talvez a escolha errada, mas será que nem a curiosidade leve a leitura até o fim? Sei que às vezes surge uma transferência incômoda ou meus preconceitos são reanimados com alguns temas... Acho que até o papel e o tamanho da letra podem influenciar...
Talvez o livro que está encalhado na minha mesinha tenha sido comprado pela internet – aquele toque no papel do livro antes de comprar pode ser importante na relação estabelecida... Gosto de comprar pela internet, mas não consigo me imaginar comprando um edredon – impossível não tocá-lo antes! Mas não é nada disso, já que o livro que acabei de ler, que entraria na lista dos 10 que mais gostei, também veio no mesmo pacote!
Não consigo decifrar o enigma, mas decidi agora uma coisa: não vou mais insistir com livro ruim, mesmo que a crítica discorde: uma semana sem ser aberto significa que vai direto para a estante e vai ficar na fileira de trás, escondido!

4 comentários:

Rodrigo Carreiro disse...

Eu nunca erro no livro, pq sou muito chato pra comprar livro. Chato ao extremo. Então quando eu tenho na mão pra ler é pq a indicação ou precedentes dele são muito fortes. Eu só larguei, até hoje, 2 livros pela metade heehhe

Mwho disse...

Rodrigo,
Só este ano, abandonei 2: "O livreiro de Cabul" (Asne Seierstad) e "Deus, um delírio" (Richard Dawkins). Em compensação, acabo de ler um ótimo: "De verdade", de Sándor Márai.

Anônimo disse...

Não sei se conheces, mas uma boa indicação é João Antônio, ele é na minha opinião o melhor escritor que o Brasil já teve.

E acredito que não vale a pena comprar um livro por indicação de matéria em revista ou jornal, muitas vezes são críticas compradas, para favorecer o autor e a obra.

Mwho disse...

Alvarês,
Vou tentar sua indicação. Não o conheço ainda.
Às vezes, de críticas de jornais e revistas consigo bons livros: esse "De verdade", do Sándor Márai, por exemplo. Mas é claro que também existe o tal "jabá"!