sexta-feira, 29 de maio de 2009

Papo estranho

- Ei, você não anda escrevendo pouco?
- Mwho, eu só estou testando você!
- Como assim?
- Quando eu me encontro com algumas pessoas conhecidas que sabem da sua existência, elas só querem saber de você, dos seus assuntos. Eu fico num plano secundário...
- Então você está com ciúmes?
- Talvez.
- Mas o que tem a ver com escrever pouco?
- É que andei desconfiado que você teria adquirido vida própria e parei de escrever por uns dias para ver se alguma coisa era postada sem minha participação consciente...
- Acho que você está com pensamentos estranhos...
- Então veja se fica na sua, senão não escrevo mais!!!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Uma curiosa cirurgia de miopia

- Mwho, fiz cirurgia de miopia!
- E aí? Enxergando tudo?
- Médio!
- Como assim?
- O médico deixou um olho bom para perto e um bom para longe. E ainda não estou totalmente adaptado... Tenho um pouco de dificuldade para ler e para dirigir à noite...
- Ah! Quando você quer olhar para perto, usa um, e, para longe, o outro?
- Não! Uso sempre os dois!
- Então você não vê bem nem de perto nem de longe?
- O importante é que eu não uso mais óculos!
- ???

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Lebre por lebre

- Sacanagem!!!
- O que foi, Mwho?
- Tinha uma geleia de damasco francesa na promoção - de 15 reais por 6 - e eu comprei duas, sendo que estou conferindo a nota do supermercado e me cobraram 15 reais por cada!!!
- Que absurdo!
- Pois eu vou voltar ao supermercado e dar uma bronca na gerente, pois o consumidor não pode ser enganado desta maneira!
- Quer que eu vá com você?
- Não! Gosto de fazer justiça com as próprias mãos! Tchau!
Dois quilômetros e dez minutos depois...
- E aí, Mwho? Fez justiça?
- Anham!
- E então?
- Eu sou um cara de sorte!
- Como assim?
- Eu ia pegar a gerente pela orelha e levá-la até a gôndola da promoção da geleia, mas, por sorte, resolvi ir primeiro lá para pegar logo a etiqueta com o preço e, assim, poder esfregá-la na cara da gerente...
- E?
- E aí que eu me enganei. A promoção era da geleia meia-boca que estava ao lado.
- Eles fazem de propósito, para enganar o consumidor!
- Acho que não... Eu é que fiquei empolgado com o preço e não li o final da etiqueta, onde estava escrito com letras até grandes a marca da outra geleia...
- Bem, pelo menos agora você tem dois vidros da geleia francesa de 15 reais para comer!
- Viu como sou um cara de sorte?

sábado, 9 de maio de 2009

O barraco do buquê

Acabo de voltar de um casamento. Foi tudo ótimo, mas, na hora da noiva jogar o buquê...
- Mwho, você vai lá ver?
- Claro, sempre rola um barraco!
Não deu outra! Uma garota pegou o buquê e, antes que pudesse comemorar, uma mulher enorme, musculosa e com uma tatuagem gigante no bíceps, pulou por cima dela, arrancou-lhe o buquê e saiu correndo...
Pareceu uma jogada de basquete dentro do garrafão, com uma pivô troglodita de vestido fazendo falta e pegando o rebote!
O pai da noiva não perdoou e foi tirar satisfações:
- O que você fez foi errado! Isso não vai lhe dar sorte! Não vai conseguir casar nunca!

A van suspeita

Sou meio desconfiado. Vou a um casamento de uma pessoa da família hoje. Contrataram uma van. Por que será?
a) Todos vão encher a cara e não poderão dirigir e isso é uma atitude prudente.
b) Homens de terno e mulheres de cabelo preso numa van só podem ter boas intenções.
c) Transporte alternativo é crime e todos vão parar na DP.
d) Aposto que ninguém vai usar cinto de segurança.
e) Todas as anteriores são verdadeiras.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Neuras do trânsito

- Aposto que essa mulher aí na frente está se fazendo de lerda para furar a fila do retorno!
- Mwho, seja mais paciente...
- E uma fila enorme está se formando atrás da gente...
- Calma, Mwho...
- Vou dar uma buzinadinha leve de advertência.
- Não buzine...
- E a mocréia nem se move. Quer apostar que ela está só esperando para mudar de faixa? Só falta parar e ligar o pisca-alerta!
- Mwho, dá licença, essa $%$¨$&%&&!!!
- Você não acha que a buzina é exclusividade do motorista?
- Mas essa #$%&*# é uma cara-de-pau!
E a figurinha repetida realmente estava se fazendo de lerda para furar a fila do retorno, mas levou uma sonora buzinada educativa a 4 mãos!!!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Táxi em São Paulo

Em São Paulo, meu parâmetro de distância é o preço do táxi. Perto custa 20 reais. Mais ou menos, 30. Longe, 50 ou mais reais.
Agora, se tem uma coisa que incomoda é a famosa frase de boas-vindas dos taxistas paulistas:
- Você quer que eu vá pelo caminho A ou pelo B?
Infelizmente, ainda não bolei uma resposta para sair da armadilha. Tento responder do jeito menos idiota possível, já que não sei quase nada sobre os caminhos alternativos, e passo os próximos longos minutos da viagem com a certeza de estar sendo enganado...
Da próxima vez, vou tentar:
- Se você não sabe qual é o caminho mais rápido e curto, então é melhor parar agora para eu descer, pois vou procurar um taxista mais competente!!!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

A Belina do Vovô Fernando II


A Belina tinha o porta-malas cheio de suprimentos, pois os monstros (crianças) ficavam esfomeados depois de brincar na areia o dia inteiro. Como a vista aérea mostra, o caramanchão era a "mansão".
Imagens dizem muito, mas acho que a emoção que existe nas palavras é uma interpretação da realidade com cores que nenhuma foto pode representar...
Pensando melhor, emoção é emoção, o resto é enrolação!!!

terça-feira, 5 de maio de 2009

A Belina do Vovô Fernando

Meu avô era realmente uma pessoa diferente. Naquela época, não existia van nem SUV. E meu avô tinha uma Belina. Aos sábados, eu me arrumava às 9h e ia para a janela esperar o meu avô me pegar para ir a sua "mansão", que era, basicamente, um terreno com muitas árvores frutíferas e um caramanchão.
Ele sempre chegava perto do meio-dia, com a Belina arrastando a traseira de tão pesada (muitas latas, garrafas, comida e curiosidades), e, depois, íamos buscar meus outros dois primos - os demais, ou nem eram nascidos ou eram bebês. No caminho, que parecia uma viagem (eram só uns 15 km), comíamos biscoitos Maizena e íamos sentindo o vento com as janelas abertas. Meu avô tinha um estilo único de dirigir - os adultos da família comentavam que ele era "barbeiro" -, mas nunca teve uma batida com a gente. Acho que ele usava pouco as marchas - demorava muito tempo para sair da 1ª -, mas, naquela época, ainda não era popular o câmbio automático.
Nem precisa dizer que o dia era o máximo, com muita comida e brincadeira, areia, mangueira de água liberada e nada de tecnologia. Chegava em casa à noite, exausto, e nem me lembrava do caminho, pois, não sei como, voltávamos dormindo no banco de trás da Belina.
Bons tempos. Se fosse hoje, acho que meu avô teria uma van automática. Não iríamos poder comer no carro e teríamos que ir amarrados com o cinto de segurança, com a janela fechada para não atrapalhar o ar-condicionado. O terreno da "mansão" seria um lote pequeno num condomínio, sem areia nem mangueira para brincar e iríamos preferir ficar vendo televisão, navegando na internet ou jogando videogame.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

E o meu troco?

Aeroporto de Congonhas, tendo ainda que esperar duas horas pelo voo. Não tive opção, pois no avião, o máximo que rolaria seria uma barrinha de cereal. Sanduíche (Xpobreza) e refrigerante por 14,10! Só tinha uma nota de 100 e precisava de dinheiro para o táxi. A caixa, rapidamente, me devolveu 85 de troco e chamou o próximo. Peguei a ficha e, alguns segundos depois, quando caiu a minha ficha, disse:
- Acho que você me deu o troco errado...
- É que não tenho troco!
- Ah! Então você aumentou para 15 reais!
- Quando tiver troco, entrego.
- Ok.
Minutos depois, tendo observado o arredondamento para cima do troco com mais duas pessoas, com o sanduíche (ruinzinho e caro) na mão, disse:
- E o meu troco?
Fez que não ouviu.
- Moça, é o seguinte: se quiser me enrolar, melhor me pedir! Às vezes, eu até não ligo...
E, então, me deu uma moeda de 1 real. Nem fiquei preocupado com os 10 centavos, pois só naqueles minutos, ela já tinha faturado uns 2 reais!

domingo, 3 de maio de 2009

Eu não sou pé-frio!

Cheguei correndo de viagem e entrei em casa ligando logo a televisão. Começo do 2º tempo, Flamengo ganhando do Botafogo por 2x0. Logo de cara, o Botafogo perde um pênalti. Depois, empata o jogo...
Eu não sou pé-frio!
Segurei as emoções até o final. O Botafogo perdeu mais dois pênaltis e, realmente, eu não sou pé-frio e o Flamengo é PENTATRICAMPEÃO!!!

sábado, 2 de maio de 2009

Lógica dos cumprimentos

Estou assistindo a um documentário sobre o Afeganistão na CNN e reparei que as pessoas se cumprimentam com três beijos no rosto. Acho que o tradicional eram dois, mas houve época em que rolaram três e, recentemente, um...
O difícil é que as gerações têm hábitos diferentes, que demoram a se uniformizar. Se for alguém mais novo, vai ser um beijo só. Se for alguém um pouco menos novo, talvez três. Se for a sua avó, serão dois. Só é meio chato se preparar para dois e ficar com o bico no ar...
Deveria ser padronizado. Proponho um só: mais prático e eficiente. Se bem que em época de gripe pandêmica, acho que minha preocupação não faz muito sentido...

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Instintos assassinos

Fui parar em São Paulo, em pleno feriado, para assistir a umas aulas...
Preferia estar em casa, mas faz parte do jogo...
Na primeira aula, o cara na minha frente fazia questão de fotografar tudo. A máquina fazia barulho e ainda emitia uma luz vermelha que aparecia na tela do auditório. Fui ficando irritado. O cara tirou os sapatos, meleca e cera do ouvido. Só se preocupava em tirar as fotos. Fui ficando mais irritado. Tive vontade de dar um tapa na orelha do sujeito e de chutar os seus sapatos...
Foi difícil, mas tive que controlar meus instintos...

Cotovelo de telemarketing

Era mais uma ligação de telemarketing - claro que eu estava almoçando. A moça queria me vender um pacote para ligações interurbanas e internacionais. Depois de um pequeno interrogatório, disse que gastava menos de 10 reais por mês com tais ligações...
Em poucos segundos, a vendedora viu que eu não era um cliente em potencial e se despediu, desligando o telefone na minha cara, antes que eu a dispensasse...
Não gostei. Fui acostumado a dispensar o pessoal do telemarketing e desta vez fui rejeitado. Fiquei profundamente infeliz. A natureza humana é assim.
Acho que vou começar a fazer mais ligações interurbanas para ser digno de chateação!