quinta-feira, 30 de abril de 2009

O mico da máscara

Depois de muita pressão domiciliar, sob protestos, resolvi ir atrás das tais máscaras de proteção, especificação N95 - segundo minha pesquisa na internet - para uma possível necessidade. Prevendo o pior, resolvi usar meu disfarce preferido: bermuda, chinelo, óculos escuros e boné. Foi a minha sorte!
Na primeira loja, a atendente olhou para mim e foi logo dizendo com um risinho no canto da boca:
- Máscara, né?
- Como adivinhou?
- Não tem mais...
Na segunda, o atendente nem tirou os olhos do jornal e foi logo dizendo:
- Não temos máscaras nem nunca tivemos...
Na terceira e na quarta, tentaram me empurrar umas máscaras totalmente picaretas e tive que explicar que para a gripe não serviam...
Então, desisti e resolvi torcer contra a conspiração dos vegetarianos. Vou explicar: isso tudo só pode ser armação de algum terrorista microbiologista vegetariano, pois começou com a vaca louca, depois veio a gripe do frango e agora a gripe do porco. Torço por uma gripe da alface, antes que surja a gripe do peixe!!!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Querendo mudar de assunto

Saí de casa cedo, ouvindo a CBN. Durante todo o caminho para o trabalho, a conversa era só uma: gripe suína. Quando cheguei ao trabalho, a conversa dos meus colegas era a mesma... Comecei até a ficar com dor de cabeça. Queria falar sobre algo mais agradável, tipo o trancamento da matrícula da minha academia de musculação, mas não havia ouvidos para mim...
Voltei para casa na hora do almoço ouvindo a BAND e o papo continuava o da gripe suína... A cabeça doía pra valer...
Pelo menos, a fome era enorme e o almoço podia valer a pena.
Ironia do destino: lombo de porco com feijão, arroz e farofa!
Tracei com raiva: estava ótimo!!!
E, para relaxar, um chocolate de sobremesa...

terça-feira, 28 de abril de 2009

Isca de chiclete

Aos domingos, aproveitando o fechamento das lojas perto da minha casa, nos reuníamos para arrecadar algum dinheiro. Como éramos crianças, tudo era normal. Pegávamos madeiras finas e compridas e colocávamos chiclete usado na ponta - claro que nem sempre o chiclete era nosso!
As lojas tinham umas grades no chão da porta para a ventilação do subsolo e sempre existiam moedas caídas ali. Era uma simples pescaria: a madeira fina entrava pela grade e o chiclete grudava na moeda. Era só retirar bem devagar, mas exigia uma técnica muito apurada...
Ouvíamos falar de concorrentes que usavam ímã, mas o chiclete funcionava muito bem. A padaria era o lugar mais lucrativo. Sempre o arrecadado dava para uns picolés. Chicabon, naturalmente!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Catchup na cabeça!

Na minha infância, ir à carrocinha de cachorro-quente era um evento especial - não existia nada melhor. Ainda mais porque tinha de atravessar uma rua! Pois consegui o dinheiro e fui às compras!
Logo ao chegar, fui recebido por um outro garoto, bem maior do que eu, que me recebeu já anunciando que ia me sacanear. Fingi que não era comigo e, logo que peguei o sanduíche e paguei, senti o jato de catchup na minha cara. Só tinha uma opção - peguei a maionese e devolvi com muito mais vontade e saí correndo desesperadamente, abraçado com o meu cachorro-quente. Quando terminei de atravessar a rua, dei aquela olhadinha para trás só para ver se o cara estava no meu encalço e, então, levei um susto: parou um carro e a senhora que o dirigia disse:
- Meu filho, quer que o leve para o hospital?
E respondi ofegante:
- Não! Obrigado! São só efeitos especiais!
É claro que passei uns bons tempos sem ir comer cachorro-quente: não ia arriscar me encontrar com o cara das 40 calorias (maionese) que, na época, era bem maior do que eu...

sábado, 25 de abril de 2009

Comida de passarinho

- Ah! Que legal!
- Que foi, Mwho?
- É que eu deixei um pote com comida de passarinho na mesa da varanda e algum andou bicando! Olha! Está tudo espalhado em volta!
- Mwho, preciso lhe dizer uma coisa...
- Agora não! Quero ver se consigo mais alguma pista do visitante!
- Mwho...
- Pelo raio do espalhamento dos grãos, deve ter sido um passarinho voraz!
- É que fui eu que espalhei a comida!!!
- Como assim?
- É que eu achei muito careta a comida só no potinho e, para dar um ar mais descolado, resolvi espalhar um pouco em volta para ver se ficava mais atraente...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

O menino do dedo verde

Ouvi dizer que morreu Maurice Druon, o autor de "O menino do dedo verde". Esse livro foi o livro que mais marcou a minha infância. Nunca me esqueci da imagem de um muro cheio de flores coloridas.
Resolvi reler o livro ontem à noite, tentando reviver a emoção que tive na infância.
Não tem jeito. A gente vira adulto e passa a olhar as coisas por outro ângulo. Fiquei prestando atenção à simbologia da história, que aborda temas como o sistema prisional, desigualdades sociais, guerra, indústria bélica e morte. As flores, só consegui imaginá-las em preto-e-branco. Na época, o que me marcou foi só a poesia.
É isso aí. A gente cresce e troca a maior parte da poesia por conceitos complexos e intelectuais. Bem que, no começo do livro, Tistu diz que as "pessoas grandes teimam em sustentar suas ideias pré-fabricadas"...
E, só para irritar os intelectuais de plantão, até o fim do ano, vou ler o "Pequeno príncipe"!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Tostines na cabeça

Há vários anos, tenho um pensamento que me persegue:
"Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais?" (www.youtube.com/watch?v=tJ-BKu-WUEk)
Acho que foi uma das grandes ideias da propaganda nacional.
Mas, na vida prática, tem um fundo filosófico: quando se quer ser bom em alguma coisa, talvez o segredo seja a persistência...
Mas, por falar nisso, que tal encarar um biscoito salgado igual ao da propaganda com um requeijão, hein?

Síndrome da segunda-feira dupla

Pode parecer paradoxal, mas, na minha opinião, esta foi a pior semana do ano...
Achei que o feriado na terça iria aliviar, mas o efeito foi justamente o oposto: foram duas segundas-feiras e isso foi demais para mim.
Não consigo falar de chocolate nem citar a Poliana - acho que é depressão...
Melhor criar um novo termo: síndrome da segunda-feira dupla!
Preciso de um outro final de semana para refletir!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Dicas para a terça-feira

Amanhã vai ser um dia especial e, então, pensei em algumas dicas para poder encará-lo sem maiores traumas:
- no período da manhã, divirta-se como num sábado, mas sem lista de coisas para resolver;
- almoce sem cerimônia, como se fosse feriado;
- se for dar uma dormidinha, não se preocupe em acordar para o jogo, pois o Flamengo já foi campeão há dois dias;
- fique tranquilo, pois não vai ter o Fantástico; e
- e não deixe de ir dormir com raiva da quarta-feira...
Obs.: Por favor, não reclame por eu adorar ponto-e-vírgula!

domingo, 19 de abril de 2009

A solução para um problema crônico!

Hoje fui ao supermercado. Não que seja meu programa favorito para o domingo de manhã, mas era uma questão de sobrevivência...
Consegui passar pelo corredor dos chocolates com o rosto virado para o outro lado - só isso já me fez ganhar o dia. Acho que não sou um chocólatra incurável...
Há anos me angustio com aquelas sacolinhas de plástico. Quando estou embalando as coisas, não consigo abrir a porcaria da sacolinha. A caixa termina de passar as coisas, eu não guardei nem a metade e o pessoal da fila fica olhando para mim com cara feia, como se eu fizesse de propósito...
Mas, hoje, tive uma grande sacada! Peguei um pote de sorvete de creme da Kibon de 2 litros (estava na promoção) e, cada vez que ia abrir uma sacolinha, passava os dedos no pote congelado. Perfeito! Agora, toda vez que for ao supermercado, vou comprar um desses potes!
E, de quebra, posso fazer uma calda de chocolate superconcentrada e jogar em cima do sorvete de creme...

sábado, 18 de abril de 2009

Segunda-feira imperdível

A próxima segunda-feira será um dia importantíssimo para quem tiver o privilégio de ser obrigado a trabalhar.
Não estou brincando não!
É que será uma rara oportunidade de se constatar se a segunda-feira é realmente o dia horroroso que é por causa de si própria ou se tudo é culpa da terça-feira. Vou explicar melhor: terça será feriado e se a segunda-feira for legal, significa que a grande vilã da semana é a terça e a segunda é apenas vítima!
Então veremos...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Desabafo

Tenho que comunicar à comunidade científica que sofri um sério acidente partindo uma barra de chocolate! Isso mesmo! No auge da minha Dieta do Chocolate, resolvi partir uma barra de Talento meio-amargo com amêndoas para comer só a metade (redução de 50% das calorias) - não sei bem como, mas o chocolate entrou debaixo da minha unha com amêndoa e tudo e a descolou parcialmente...
Assim, por motivo de força maior, tive que comer o resto da barra e fiquei dois dias com o dedo doendo...
Acho que chocolate pode mesmo fazer mal, principalmente se a barra for partida com muita cerimônia. Então, atenção: façam a dieta mas não deixem para o dia seguinte parte do chocolate, pois pode ser perigoso!!!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

A dieta dos biscoitos Bono

A última dieta não deu muito certo...
Bolei uma nova: biscoitos Bono de manhã, de tarde e de noite. Só água além disso!!!
Se não conseguir, alternarei com biscoitos Calipso e Coca-Cola Zero!
Duvido que eu consiga consumir o suficiente para engordar!
Pensando bem, não duvido não...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A dieta do chocolate

Tentando me livrar dos dois quilos a mais adquiridos na Semana Santa, resolvi fazer uma dieta baseada na água. Não é nada demais não, simplesmente fechar a boca ao máximo e encher a barriga com água ao invés de outras coisas...
O problema é que a minha cabeça começou a doer de uma forma estranha - como se eu estivesse extremamente preocupado com alguma coisa... Comi uma fruta e nada. Tentei uma sobremesa diet e não resolveu. Foi então que me lembrei de um Talento meio amargo com amêndoas que tinha esquecido em um pote de plástico dias (poucos) atrás: dois quadradinhos e minha dor de cabeça sumiu!
Assim, a dieta agora consiste em água e chocolate. A síndrome da abstinência do chocolate é detestável e, como água não vale nada mesmo, o nome da dieta passa a ser Dieta do Chocolate!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Preconceitos emergentes

Com o tempo, meus preconceitos aumentaram...
Hoje, por exemplo, compreendo que também não gosto muito da terça-feira!
Não sei se é porque ela vem depois da segunda e, por causa disso, carrega um estigma intrínseco...
Mas o fato é que agora desenvolvi essa implicância com a terça-feira...
Acho que vou mudar meu pensamento: minha campanha agora é pela semana de três dias úteis: quarta, quinta e sexta!
E, para não ter redução de salário, até aceito trabalhar um pouco mais no final do dia...
Menos na sexta!!!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Cansei do feriado

Estou extremamente cansado do feriado. Comer demais é muito cansativo. E depois, os quilos a mais deixam tudo mais difícil. Será que trabalho é a solução? Dentro de uma filosofia masoquista, acho que pode ser... E se vier com aquela conversa de Poliana novamente, milhares de pessoas vão entrar aqui pelo Google. Nunca vi ninguém mais popular do que a tal da Poliana. É, prometi que ia parar com essa conversa, mas só a Poliana para querer trabalhar depois de um feriado...

quinta-feira, 9 de abril de 2009

O dia em que entrei pelo cano

Toda criança tem uns instintos meio animais... Pois foi partindo dessa premissa que eu e meus amigos entramos na tubulação sei lá do que em busca de aventura. Só me lembro que o cano foi ficando estreito e, lá pelas tantas, comecei a sentir falta de ar. Não dava para voltar de ré e tive que avançar mais um pouco, até uma galeria, para retornar...
Só décadas depois, fazendo uma ressonância magnética, foi que descobri que a minha falta de ar tinha um nome interessante: claustrofobia!
E foi, pensando naquela tubulação, que aguentei o exame todo, a duras penas, dentro de um cano um pouco mais sofisticado e bem menos interessante. Pelo menos o resultado foi normal!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

A busca do ouro

Tem umas coisas na vida que a gente demora décadas para assumir publicamente, mesmo sendo um ser meio anônimo...
Pois então lá vai: quando era criança, andei quilômetros, até a exaustão, atrás do final de um arco-íris - buscava um pote de ouro! E sempre que chegava perto, lá ia ele para longe novamente... Não consegui!
Acho que pensava em comprar muita coisa na padaria e na banca de jornal!
E, hoje em dia, nem paciência para tentar a Mega-Sena eu tenho...
Será que é trauma de infância?

terça-feira, 7 de abril de 2009

Barrichello e o patinho de borracha

Acordei às 5:55 para ver a corrida aquática da Fórmula 1. Foi ótimo: quando começou a chover, virou a maior bagunça e uma loteria - fui correr na rua e, voltando, ainda peguei o pódio com o Button em 1º lugar! E que ninguém se engane, para o Barrichello foi excelente, pois ficou só 3 pontos atrás do vencedor e, agora, tem 10 pontos contra 15 do Button e está em 2º no campeonato!
Tudo isso me fez refletir e acho que consegui captar uma mensagem criptografada subliminar:
Todo brasileiro deveria comprar um patinho de borracha amarelo e pendurá-lo no retrovisor do carro para criarmos uma corrente positiva da sorte para o Barrichello!
É agora ou nunca!!!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

O time de futebol que nunca teve uniforme...

Quando criança, por várias vezes tentamos um uniforme para o nosso time de futebol. O roteiro era sempre o mesmo: visitávamos, à tarde, os apartamentos da nossa quadra e pedíamos contribuições para o nosso promissor time de futebol. Geralmente, éramos recebidos por senhoras com bobs no cabelo e outros tipos estranhos. Treinávamos a lábia, mas nunca a arrecadação era grande coisa. Tentávamos também na entrada da quadra, parando os carros, mas aí era pior ainda...
Mas o final era sempre o de sempre: na padaria mais próxima, torrando o dinheiro arrecadado com picolés, pois o uniforme era muito caro...
Acho que foi por causa disso que nenhum da turma virou jogador de futebol...
Falta de patrocínio!!!

sábado, 4 de abril de 2009

Calipsos abandonados

Acabando de acordar, eis que descubro meio pacote de Calipso dentro de um pote na cozinha!
- Caramba, quem foi o comedido que abandonou meio pacote de Calipso!
- Mwho, tem fruta. Por que você não come fruta?
- Que frutas?
- Pera, maçã, laranja...
- Não, obrigado! Acho que não quero mesmo viver para sempre...
E foi assim que resolvi a injustiça e detonei os Calipsos abandonados... E, depois, tomei aquele copo d'água! A combinação perfeita...

sexta-feira, 3 de abril de 2009

O flanelinha bom

Todos têm experiências com flanelinhas. Tenho um amigo que fazia questão de dar uma moeda de 1 centavo a cada um deles. A verdade é que muitos cometem uma extorsão disfarçada. Sei que há problemas sociais graves em nosso país, mas há muita malandragem nessa classe. Assim, como não sou tão radical, pensei em padrões de comportamento que podem denunciar o flanelinha "gente boa". Mas, atenção: há exceções...
1) Preferir lavar o carro a simplesmente ficar "vigiando". É como se reconhecesse que a função de "vigiar" o carro é brincadeira...
2) Estabilidade no ponto.
3) Polidez. Cumprimenta com educação e evita aquelas frases típicas de "mala": "E aí, brother!", "Fala, doutor..."
4) Dá troco com alegria: quando peço troco para 5 reais, o cara faz questão de providenciar o troco, como se achasse o negócio dele sério.
5) Confessa que gostaria de ter carteira assinada mesmo ganhando menos. O flanelinha metido a empresário, que prefere não ter patrão, é suspeito...
6) Cobra adiantado. Cobrou adiantado, é marginal! E cobrou depois, também é. Os estacionamentos são públicos e o que recebem deve ser contribuição voluntária.
Agora, o que eu gosto mesmo é do flanelinha "vacilão", aquele que arrasta os pés até para pegar o dinheiro. E confesso que me dá a maior satisfação sair rápido e o cara nem perceber. Aí aperto a moeda com força e penso: economizei!!!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Chocovida

O chocolate reflete a vida
Quem quer aproveitar
Mesmo com intolerância
Dá um jeito de comer
Quem não quer viver
Ou vive reclamando
Ou segue sofrendo

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Desenvolvimento da reflexão anterior

Se o devorador de iogurtes não os deixa estragarem,
Confesso que já tomei muito iogurte vencido...
Se a metáfora com a vida funcionasse,
Diria que já morri e não sabia...