segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

A investigação

O professor de guitarra do meu filho sumiu há duas semanas e, com ele, a guitarra que supostamente teria sido levada para conserto. Todos os telefones dele inoperantes. Resolvi investigar.
Passei a procurar insistentemente nos classificados dos jornais e, depois de uma semana de busca, encontro um anúncio de aulas particulares de música.
Liguei imediatamente:
- Alô!
(A voz é idêntica!)
- É o Cláudio?
- Não, é o George!
(Deve estar mentindo, mudou o nome para não ser identificado!)
- Tem certeza que você não é o Cláudio?
- Tenho!?
- Ah! Então depois volto a ligar. Tchau!
- Tchau!?
No dia seguinte, peço a meu filho que ligue para o tal professor do jornal e ele me diz que a voz é idêntica!
As peças estão se encaixando!
Peço a um amigo que ligue e peça um telefone fixo para contato futuro.
Ligo para o telefone:
- Alô! Poderia me fornecer o seu endereço para que eu envie um convite para um show? Você é professor de música, certo?
- Certo. Meu endereço é...
- Obrigado!
Horas depois, resolvido a identificar o estelionatário pessoalmente, me dirijo ao endereço. Vai ser moleza! Vou desmascará-lo e pegar a guitarra de volta ou ir direto à delegacia!
Localizo o endereço. Desço do carro. Toco a campainha!
- O George, por favor!
- Sou eu!
(Não é o cara!)
- Ah! Estou interessado em aulas de guitarra! Quanto custa a aula?
- ...
- Muito obrigado pelas informações!
(O cara é até simpático...)
- Você tem meu telefone, não?
- Tenho sim! Volto a ligar em janeiro. Sabe, estava passando por aqui, que é meu caminho... Tchau!
Droga! Investigação fracassada! Tenho que ver mais programas policiais na TV a cabo!

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