sábado, 9 de agosto de 2008

Lágrimas olímpicas

Acabei de ver uma final do judô olímpico. Um austríaco e um coreano disputaram a medalha de ouro. Ambos com excelente retrospecto em campeonatos mundiais. Em pouco tempo de luta, o coreano aplica um golpe perfeito (ippon) e define a luta. A seguir, ajoelha-se e começa a chorar copiosamente. Ao levantar, recebe o abraço do austríaco, sem interromper suas lágrimas. O austríaco transmite sinceridade no abraço, reconhecendo o resultado da luta.
Parece tudo simples, mas uma final olímpica é o momento maior da vida esportiva de qualquer atleta. O choro do coreano deve ter como fundo o filme de toda a sua vida, todo seu esforço e privações. O mais bonito, porém, é o abraço do austríaco, que torna sua medalha de prata mais valiosa ainda. Isso é que é fair play, uma versão atual da máxima que "o importante é competir". Claro que todos querem ganhar, mas o espírito do esporte é um final honroso para todos. Não vi no rosto do lutador que perdeu a luta vergonha, mas orgulho pela sua prata - e uma medalha de prata olímpica é uma grande honra.
É por essas e por outras que o noticiário esportivo, apesar de alguns problemas, é o meu momento preferido nos telejornais!

2 comentários:

Anônimo disse...

Concordo, me ligo no noticiário esportivo, também, apesar de não curtir a telinha.

Mwho disse...

Alvarêz,
Que livro do João Antônio você me recomenda?