Brasília é uma cidade diferente. Nasci aqui e sentia um amor profundo pela cidade na infância e adolescência. Ao chegar à idade adulta, juntei todas as minhas insatisfações, culpei a cidade e fui morar em uma bela cidade de praia. Fiquei por lá o tempo necessário para descobrir que não gostava tanto de sol e areia, e adorava o asfalto – 2 anos. Voltei para Brasília com meu amor pela cidade recuperado.
Hoje, domingo, acordei bem cedo e resolvi correr no Eixão –para quem não conhece, é uma larga avenida (as asas do avião do Plano Piloto) que fica fechada para o trânsito de carros aos domingos e feriados. Corri por cerca de quinze minutos contra o sol, em leve subida, com dores nos calcanhares, sentindo frio. Depois, mudei de direção, o sol pelas costas, as dores e o frio passaram e, com uma leve descida, comecei a sentir aquela sensação indescritível de prazer, talvez com endorfinas, olhando para o infinito, com uma liberdade imensa aliada a uma solidão deliciosa acompanhada de meus pensamentos...
Meu intenso prazer durou uns 5 minutos – uma senhora baixinha e gordinha, sorridente, quase me atropelou (lembrei do padre irlandês que agarrou o maratonista brasileiro nas Olimpíadas de Atenas) e enfiou na minha mão um cartãozinho com os seguintes dizeres: “Conheça a arte Mahikari”. A interrupção dos meus pensamentos foi irreversível e só consegui correr o suficiente para voltar para casa.
Em pleno domingo pela manhã, o prazer daquela senhora ao tentar amealhar mais fiéis para a sua religião foi maior do que a minha capacidade de concentração. Acho que não adiantaria explicar nada. Ela não entenderia que talvez eu não quisesse receber o seu cartão e, sim, continuar na minha paz por mais alguns minutos...
Hoje, domingo, acordei bem cedo e resolvi correr no Eixão –para quem não conhece, é uma larga avenida (as asas do avião do Plano Piloto) que fica fechada para o trânsito de carros aos domingos e feriados. Corri por cerca de quinze minutos contra o sol, em leve subida, com dores nos calcanhares, sentindo frio. Depois, mudei de direção, o sol pelas costas, as dores e o frio passaram e, com uma leve descida, comecei a sentir aquela sensação indescritível de prazer, talvez com endorfinas, olhando para o infinito, com uma liberdade imensa aliada a uma solidão deliciosa acompanhada de meus pensamentos...
Meu intenso prazer durou uns 5 minutos – uma senhora baixinha e gordinha, sorridente, quase me atropelou (lembrei do padre irlandês que agarrou o maratonista brasileiro nas Olimpíadas de Atenas) e enfiou na minha mão um cartãozinho com os seguintes dizeres: “Conheça a arte Mahikari”. A interrupção dos meus pensamentos foi irreversível e só consegui correr o suficiente para voltar para casa.
Em pleno domingo pela manhã, o prazer daquela senhora ao tentar amealhar mais fiéis para a sua religião foi maior do que a minha capacidade de concentração. Acho que não adiantaria explicar nada. Ela não entenderia que talvez eu não quisesse receber o seu cartão e, sim, continuar na minha paz por mais alguns minutos...
2 comentários:
Acho que pessoas de certas religiões ou são tão fanáticos que perdem a noção ou são sem noção por isso são fanáticos... Enfim, ontem eu estava no velório do pai de uma pessoa muito querida e veio uma senhora baixinha também, muito da sem noção falar para essa pessoa que estava sofrendo muitooo, pois acabara de perder o pai, que isso era um sinal de Deus e que ele devia voltar para a igreja... aaahh sabe... tenha dó... Mas, enfim... somos todos meio sem noção.
É legal respeitar a religião ou a ausência de religião dos outros... E está na Constituição!
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