Na minha infância, ir à carrocinha de cachorro-quente era um evento especial - não existia nada melhor. Ainda mais porque tinha de atravessar uma rua! Pois consegui o dinheiro e fui às compras!
Logo ao chegar, fui recebido por um outro garoto, bem maior do que eu, que me recebeu já anunciando que ia me sacanear. Fingi que não era comigo e, logo que peguei o sanduíche e paguei, senti o jato de catchup na minha cara. Só tinha uma opção - peguei a maionese e devolvi com muito mais vontade e saí correndo desesperadamente, abraçado com o meu cachorro-quente. Quando terminei de atravessar a rua, dei aquela olhadinha para trás só para ver se o cara estava no meu encalço e, então, levei um susto: parou um carro e a senhora que o dirigia disse:
- Meu filho, quer que o leve para o hospital?
E respondi ofegante:
- Não! Obrigado! São só efeitos especiais!
É claro que passei uns bons tempos sem ir comer cachorro-quente: não ia arriscar me encontrar com o cara das 40 calorias (maionese) que, na época, era bem maior do que eu...
8 comentários:
kkk, pq não foi par o hostipal? Seria mais uma aventura para você nos contar aqui!
Será que foi nessa época que você descobriu seu vício por chocolate?
adoro essas histórias da infância. Essa em especial é ótima hehhe
Ivich,
Em boa parte da minha infância, tive alergia a chocolate...
Aí acumulei créditos para o resto da minha vida!!!
Rodrigo,
A história é até engraçada, mas no dia do ocorrido, a emoção foi fortíssima!
com certeza eu não teria essa criatividade rápida de jogar a maionese. pô. e atravessar a rua já era uma puta aventura.
abraço
Bono,
Não foi criatividade - foi muita raiva mesmo!
Depois, veio o medo e a luta pela sobrevivência...
Dessa eu nao fiquei sabendo!!!!Desconhecimento imperdoável!!!ichmutti
Ichmutti,
Essas coisas não prescrevem!!!
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