Entrei na loja decidido. Tinha visto o mesmo casaco no Brasil por um preço muito maior! Caí no consumo! Na hora de pagar, o vendedor me explicou que, se consumisse só mais um item, ganharia um presente! Pedi para ver o presente (que era surpresa) e ele foi lá nos fundos da loja e me mostrou um guarda-chuva daqueles grandes, com um cabo de madeira escrito Timberland, lindo – foi amor à primeira vista!
Sou adepto do guarda-chuva portátil, de camelô, descartável, que dura uma ou duas ventanias... Agora iria ter um guarda-chuva de verdade! Fiquei uns quinze minutos procurando alguma coisa (não podia ser meia!) e escolhi uma carteira de couro. Feliz da vida, carreguei minhas compras pelo metrô de Buenos Aires, lotado por sinal, e andei até o hotel.
A primeira constatação já foi um receio que tivera: não cabia na mala e nem se conseguisse arrancar o cabo, não ia dar mesmo! Poderia levar na mão! Por que não? Há chuva por todos os lugares! Talvez desse algum trabalho para explicar para o pessoal da segurança do aeroporto que não era uma arma e a aeromoça iria fazer uma cara meio esquisita, mas o stress compensava diante da beleza do objeto!
Passei alguns dias aproveitando as férias e, todas as noites, olhava para o guarda-chuva e me preocupava um pouco...
Pouco antes da partida, arrumei a mala com toda a técnica, sentei em cima dela com aquele balanço e dei uma olhada profunda para o guarda-chuva... Acho que relaxei por uns 10 minutos, levantei, desci e paguei a conta do hotel. Peguei um táxi e fui para o aeroporto. No meio do caminho...
Adivinhou, não?
Deixei o guarda-chuva lá no quarto do hotel...
Nem fiquei triste. Ia me dar muito trabalho e como é bom guarda-chuva pequeno, descartável, daqueles que a gente não sofre quando perde... Como uma caneta Bic!
Mas, talvez isso signifique que preciso sentir mais a chuva, talvez até reaprender a pisar descalço no chão molhado...
Pouco antes da partida, arrumei a mala com toda a técnica, sentei em cima dela com aquele balanço e dei uma olhada profunda para o guarda-chuva... Acho que relaxei por uns 10 minutos, levantei, desci e paguei a conta do hotel. Peguei um táxi e fui para o aeroporto. No meio do caminho...
Adivinhou, não?
Deixei o guarda-chuva lá no quarto do hotel...
Nem fiquei triste. Ia me dar muito trabalho e como é bom guarda-chuva pequeno, descartável, daqueles que a gente não sofre quando perde... Como uma caneta Bic!
Mas, talvez isso signifique que preciso sentir mais a chuva, talvez até reaprender a pisar descalço no chão molhado...
6 comentários:
sim.... deixe a chuva molhar...
mas EU fiquei triste por vc.
e penso que poderia ser pior, vc poderia ter esquecido o guarda-chuva em algum outro lugar quando realmente precisaria dele, quando realmente contasse com a presença dele, entende? acho que afinal foi melhor assim....
Obrigado pela solidariedade.
Fiquei mais conformado...
Eu sou fã de guarda-chuva. Tenho 2 e cuido como se fossem filhos. Quando chove eu nem me preocupo, muito diferente da maioria das pessoas que sofrem horrores com a chuva.
Ah, conta mais histórias de boi nos ares.
ainda sonho como o dia que conseguirei viver sem esses descartáveis, tomar um banho de chuva, chegar em casa ensopada...
quem sabe na minha aposentadoria?!
Rodrigo,
Eu também tinha vários guarda-chuvas. Os bons me levaram. Os de camelô se inverteram. E eu fiquei na mão...
Ivich,
Acho que as mulheres têm mais problemas com a chuva...
Escovas etc...
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